O técnico do Grêmio, Silas, não teve a recepção que esperava ontem no estádio da Ressacada. O comandante tricolor foi vaiado pela torcida do Avaí, seu ex-clube e que ontem era o adversário do Grêmio nas oitavas de final da Copa do Brasil.
A polêmica já havia começado no jogo de ida, semana passada no estádio Olímpico, quando o time catarinense sofreu um gol nascido de uma cobrança de escanteio que não existiu. Após ficar em desvantagem no placar, o Avaí ainda teve um jogador expulso, o meio-campo Caio. Em Santa Catarina alegou-se que o incentivador da expulsão tinha sido justamente o técnico do Grêmio.
Foi apontado como traidor pelos torcedores catarinenses.
No jogo de volta, ontem à noite no estádio da Ressacada, Silas foi vaiado pelos torcedores do Avaí. Ficou revoltado. Disse estar decepcionado com aqueles que, durante um bom tempo, vibraram junto com as conquistas do Avaí. Conquistas sobre as quais o próprio Silas era um dos grandes responsáveis.
Depois, disse que não mais deseja trabalhar no clube que o projetou como técnico.
Futebol nessas horas é exatamente igual a vida amorosa. É como trocar de esposa. Por mais que a separação seja amistosa, a relação prioritária sempre vai ser a nova. Quem tem que receber toda a atenção é a nova mulher. Caso queiram manter uma relação amigável, ex-marido e ex-mulher têm que compreender as novas relações e os novos papeis de cada um.
Portante, a torcida catarinense não pode exigir que Silas tenha a mesma atenção e o mesmo carinho pelo Avaí, de quando era o técnico da equipe. E nem Silas pode exigir o mesmo respeito e atenção por parte da torcida.
O que deve ser eternamente lembrado é o que se viveu. Mas ficar preso aos acontecimentos do passado, nesse caso, é ficar em cima do muro, ou seja, nem lá nem cá.
Silas, agora gremista, se encontra em estado de paixão. E o Avaí,com dor de cotovelo.
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