O Brasil é um país jaburu.
Lula conseguiu eleger sua afilhada Dilma Rousseff e os dois trataram logo de esclarecer que quem irá governar na prática será ela mesma, não ele. Rei morto, rei posto. Portanto, o governo terá a cara de Dilma Rousseff e o Brasil será um país jaburu.
Para quem achava que Dilma só estaria segura com o sapo barbudo bufando em seu cangote, se decepcionou. Não é assim que vai funcionar. Estamos finalmente descobrindo que a presidente eleita tem opinião própria, tem pulso firme. A imagem de gerentona quem tratou de criar foi Lula,quando definiu que Dilma seria a candidata do PT à presidência. No início ninguém contestou, o Brasil não está acostumado a contestar Lula. Agora, logo nas primeiras entrevistas dela como presidente eleita, podemos ver que Lula até que tinha razão. Dilma é uma gerentona. Jaburu.
Seu discurso e sua postura estão muito diferentes daqueles mostrados nos dias estressantes de campanha eleitoral. Ela está mais firme em suas palavras e se expressando com muito mais clareza. Antes, não passava de um robô que apenas reproduzia as falas indicadas pelos seus marqueteiros. Agora, ousa até discordar do presidente Lula em algumas questões. Quanta audácia!
Alguns críticos apostam que o vai acontecer em Brasília se assemelha muito à trama de clássico do cinema, Blade Runner – O Caçador de Andróides. Você deve se lembrar. Lá, um dos andróides recorre ao seu criador para pedir um tempo maior de vida. Diante da negativa do cientista, a criatura mata o criador. Para grande parte dos estudiosos e dos entendedores da política, Dilma é o andróide e Lula, o seu criador. Acho exagero.
Dilma está apenas cumprindo seu papel. Não tem que ser um laranja do presidente Lula. Deve deixar o governo com a sua cara. Deve transformar o Brasil em um país jaburu.
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