Os anos de repressão vividos nas décadas de 60 e 70 no Brasil estão se reproduzindo em Honduras, país da América Central. Lá, quem deu o golpe também foram os militares, por atitude orquestrada pelo poder legislativo. O presidente eleito em 2005, Manuel Zelaya, foi preso e deposto. Quem assumiu em seguida foi o presidente da Câmara, Roberto Micheletti. O golpe segue um roteiro comum do século 20 na América Latina, especialmente durante a Guerra Fria. O que diferenciou dessa vez foi a condenação mundial. Os Estados Unidos, por exemplo, antes costumavam apoiar os golpistas. Dessa vez, Obama foi incisivo ao dizer que o golpe não foi legal e que Zelaya permanece sendo o presidente de Honduras. Lula garantiu que não vai reconhecer o novo governo. O amigo antigo de Zelaya, Hugo Cháves, também apoia o presidente deposto. O golpe foi condenado pela ONU e pela União Européia. Porém, nesse cenário retrógrado que vai contra as imposições da democracia, ninguém é santo. Nem a aparente vítima, o p