A palavra saudade só existe no português. Mas o mundo inteiro entende seu significado.
O mundo todo e um só rosto. Um só cheiro. Um único gosto. Em meio à multidão de uma pessoa só, fugir não resolve. Cada detalhe do rosto dela está claro na mente. Se fechar os olhos, sonhará acordado.
Na saudade, o passado nos conforta por mais que nos faça sofrer. Dar um passo afrente é admitir a derrota. É confessar que não existe possibilidade de volta. Por isso vivemos com o relógio girando ao contrário. Retrocedemos os dias, um a um, recuperando cada lembrança. Preenchemos os novos segundos, os novos minutos, com coisas velhas.
A saudade faz a gente falar sozinho, como se o outro ainda estivesse ali. A saudade faz o travesseiro assumir corpo de gente. A saudade faz o perfume dela se espalhar pelo quarto como lembrança. A saudade faz a gente dormir no canto da cama de casal. A saudade faz a gente andar de mãos dadas com o vento.
Na saudade você não se cansa de rever os mesmos filmes. Cada cena é um pedaço dela.
Na saudade você não se importa de ouvir as mesmas músicas. Cada nota soa na voz dela.
Na saudade você vai aos mesmos lugares, senta na mesma mesa, pede a mesma bebida. De preferência, ao mesmo garçom. Vai revivendo cada gesto, se repetindo, se procurando. A saudade como teste de memória.
Viver na saudade é como tentar montar um quebra-cabeça incompleto. Sempre faltará uma peça. A principal.
O mundo todo e um só rosto. Um só cheiro. Um único gosto. Em meio à multidão de uma pessoa só, fugir não resolve. Cada detalhe do rosto dela está claro na mente. Se fechar os olhos, sonhará acordado.
Na saudade, o passado nos conforta por mais que nos faça sofrer. Dar um passo afrente é admitir a derrota. É confessar que não existe possibilidade de volta. Por isso vivemos com o relógio girando ao contrário. Retrocedemos os dias, um a um, recuperando cada lembrança. Preenchemos os novos segundos, os novos minutos, com coisas velhas.
A saudade faz a gente falar sozinho, como se o outro ainda estivesse ali. A saudade faz o travesseiro assumir corpo de gente. A saudade faz o perfume dela se espalhar pelo quarto como lembrança. A saudade faz a gente dormir no canto da cama de casal. A saudade faz a gente andar de mãos dadas com o vento.
Na saudade você não se cansa de rever os mesmos filmes. Cada cena é um pedaço dela.
Na saudade você não se importa de ouvir as mesmas músicas. Cada nota soa na voz dela.
Na saudade você vai aos mesmos lugares, senta na mesma mesa, pede a mesma bebida. De preferência, ao mesmo garçom. Vai revivendo cada gesto, se repetindo, se procurando. A saudade como teste de memória.
Viver na saudade é como tentar montar um quebra-cabeça incompleto. Sempre faltará uma peça. A principal.
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