Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de julho, 2025

A Flor

  Segurando a flor, eu sigo Passo pelos ritos Enfrento os mitos e riscos A imensa batalha Segurando a flor, me viro Caço o infinito Lamento os gritos e vícios O enorme abismo Agarrado à flor, insisto Me agacho, me esquivo Me esgrimo, me acabo Vou ficando só Eu e a flor, no tempo Em que não há mais nós Em que não somos mais Que pó Eu e a flor, no instante Em que não podemos mais Que além Ou que ninguém E no fim, não me restará Nenhuma pétala Somente o caule A repousar em meu peito Vazio