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Mostrando postagens de agosto, 2011

Gretchen Filme Estrada

Há alguns dias, Gretchen partiu para o auto-exílio, nos Estados Unidos. Levou consigo o décimo quinto marido e o seu antológico bumbum. A notícia passou despercebida por grande parte da mídia, o Brasil não sabe o que está perdendo. O fim da carreira do seu maior símbolo cultural merece apenas uma nota em um jornal qualquer. A importância de Gretchen para o País é maior que a de João Gilberto, por exemplo. Eu mesmo não tinha consciência disso até assistir ao documentário “Gretchen Filme Estrada”, lançado recentemente pela jornalista gaúcha Eliane Brum e o documentarista Paschoal Samora. O filme faz uma narrativa da campanha de Gretchen à prefeitura de Itamaracá, em Pernambuco, em 2008. A ideia era revelar a transformação da artista em política. Não foi possível. Gretchen perdeu a eleição e continuou rebolando. A Rainha do Bumbum começou a rebolar em plena Ditadura Militar. E continuou durante o movimento das Diretas-Já, viu o Collor mandar e desmandar no Brasil, assistiu à expan

O passeio de Sarney

Enquanto os rebeldes da Líbia festejam o poder, penso no Maranhão. Muamar Kadafi transformou Trípoli em seu quintal particular e bem que deve ter influenciado a família Sarney, que fez exatamente o mesmo com o estado inteiro do Maranhão. Sarney é sinônimo de privatização do espaço público. Lula disse certa vez que o atual presidente do Senado jamais poderia ser tratado como um “homem comum”. O deputado estadual Magno Bacelar (PV) apareceu com o mesmo discurso, comentando a denúncia de que Sarney havia utilizado o helicóptero da Polícia Militar do Maranhão para ir até a ilha de Curupu, onde possui casa. Assim como pegou carona com Amapá, Sarney deu um passeio rápido no helicóptero comprado por R$ 16,5 milhões pelo governo do estado. O objetivo com a aquisição era combater o crime e socorrer emergências médicas. Mas tudo bem, a carona não gerou nenhum transtorno. Apenas um paciente em estado grave que aguardou para ser atendido enquanto Sarney descarregava as malas. O

Governo Insensato

Sempre torço pelos vilões. Nas novelas, nos filmes, nos livros e até na vida real, por que não? Um dos mais recentes bandidos a contar com meu apoio incondicional foi o Léo de Insensato Coração, última novela das nove da TV Globo. O filhinho de papai mau caráter, interpretado magistralmente por Gabriel Braga Nunes, me fazia vibrar no sofá. Enquanto as pessoas ficavam horrorizadas com a frieza do personagem, eu o aplaudia. Às vezes calado, claro. Com uma visita em casa, por exemplo, não deixava transparecer esse meu desvio de caráter. Certamente não me entenderiam. No caso da novela, outro fator foi determinante para eu estar do lado errado da história. Achava aquele trio do bem: Marina, Pedro e Raul, extremamente chato. Talvez seja por isso que eu torço pelos vilões. Na maioria das vezes eles são divertidos e carismáticos, enquanto o mocinho sempre é tedioso. Na vida real, se repararem bem, não difere muito. Tenho lido bastante a respeito da limpeza que a presidente Dilma Rous