Pular para o conteúdo principal

Dilma Rousseff para 2010?

Dilma Rousseff assumiu-se como candidata oficial de Lula para presidência em 2010. Para isso, teve que rever seus conceitos. Seguindo a cartilha de Lula, adotou uma nova personalidade: entre sorrisos e simpatia, a ministra retomou o diálogo com o PMDB, mudou seu visual e agora torce para que o Brasil sobreviva a atual crise econômica. Uma vitória sobre a crise deixaria a candidata com mais moral para 2010. Ou assim deveria ser.

Imaginar Dilma Rousseff como candidata é irônico. Ainda mais em um ano que tivemos Barack Obama, o carisma em pessoa, eleito nos Estados Unidos. Dilma é carrancuda, mal-humorada, sem graça. Porém, preservou esta imagem apenas nas reuniões administrativas. A outra Dilma, presente nos encontros com políticos e jornalistas, esbanja simpatia. A mudança deu-se também no visual: aposentou os antigos óculos e passou a usar roupas mais claras. Enfim, é uma presidenciável em fase de aprendizado.

Lula pretende, em breve, fazer uma pesquisa de opinião para saber a força popular da ministra. Se a resposta for positiva, tudo bem. Se Lula descobrir que sua candidata não é a ideal, teremos muito provavelmente que voltar a conviver com a velha ministra Dilma Rousseff: de volta com os óculos, as roupas escuras e o jeito rabugento de funcionária pública.

Comentários

  1. Se ela dança eu danço, se ela dança eu danço ...

    ResponderExcluir
  2. Ae Felipe!
    Massa seu blog! Vai virar jornalista (eu avisei!! hahaha)
    Parabens ae brother, tu tens q vir aki visitar a rapaziada PORRA! ahahahaau
    abraços!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Deixe seu comentário

mais vistos

Saí do Brasil. E morri.

Estou morando no Canadá há quase um mês. Minha esposa foi aprovada em uma seleção para fazer seu doutorado na cidade de Calgary, a terceira maior do país, e resolvemos vir assim, de mala e cuia. Calgary é um lugar curioso, é chamada pelos íntimos de cowtown, cidade das vacas em uma tradução literal, termo usado para um lugar com fazendas em seus arredores, com um clima mais interiorano, talvez. Só para se ter ideia, o maior rodeio do mundo acontece aqui, então realmente é um lugar de Cowboys e Cowgirls. Mas pretendo contar mais da cidade e da vida aqui depois. Quero focar agora na experiência de se fazer as malas e sair do seu país, seja ele qual for. Apesar de ser pouco tempo de experiência, já pude comprovar algumas impressões que tinha sobre a mudança para o exterior. O que acontece quando você faz as malas e embarca no avião com destino a um lugar completamente diferente do seu? Você morre. Isso mesmo, você morre. Eu morri quando vim. Começa pelo fato de normalmente, nesse tip

O Retrato Rasgado

As fotos de uma vida inteira podem caber no bolso da calça. Temos pen-drive, celular, cartão de memória, tablet, notebook, computador e mais um zilhão de ferramentas para nos auxiliar nesse arquivo infinito enquanto dure. Infelizmente esse fenômeno da tecnologia colocou fim a um hábito comum a maioria das famílias: se reunir para ver fotos. A lembrança que tenho é de retirar do alto do armário caixas e mais caixas, leva-las até a sala para a visita do dia ou para nós mesmos, e começar a retirar um a um os álbuns que contavam a história da família. A cada mergulho no passado perdia-se horas olhando as imagens e comentando o quanto fulano era magro, siclano era cabeludo e assim por diante. O tempo em casa parava e, devagarinho, ia andando para trás. Hoje raramente dedico um tempo para organizar as minhas fotos e muito menos para revê-las. Tenho uma pasta no meu desktop e vou salvando tudo lá, de tempos em tempos, sempre que preciso esvaziar a memória do celular. A tecnologia também n

O Fantasma de Vinte Anos

Todo dia ele faz tudo sempre igual. Acorda às seis da manhã, desliga o despertador do celular, aproveita o aparelho nas mãos para olhar as últimas novidades das redes sociais, a previsão do tempo, o e-mail, e só depois de uns dez minutos é que se vira para o lado, dá um beijo na esposa que levanta as oito e ainda está dormindo, e se ergue da cama. Afinal, não tem escolha. Vai até o closet, separa cueca, meia, calça e camisa e deixa cada peça, uma sobre a outra, lhe esperando. Entra no banheiro. Primeiro liga o chuveiro e só depois tira o pijama, dá o tempo certo de a água esquentar. No banho, sempre a mesma sequência. Primeiro o cabelo – o pouco que lhe restou já está grisalho, muito diferente da cabeleira farta dos seus vinte anos – sempre pensa nisso enquanto esfrega os poucos fios com as pontas dos dedos. Por último os pés. Desliga o chuveiro e sai. Seca o corpo começando pela cabeça, que já está no escritório. Será que responderam aquele e-mail? Será que fulano finalizou a plan