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O teatro da esquerda


O Brasil se meteu onde não devia ao querer ficar amiguinho de Mahmoud Ahmadinejad, o louco do Irã que nega o holocausto e pretende riscar Israel do mapa. A visita do iraniano a América do Sul, prevista para amanhã, acabou sendo cancelada, o que serviu para deixar a coisa toda mais bizarra.

Os três coleguinhas chavistas que receberiam o maluco atômico acabaram se tornando motivo de diversão para a diplomacia mundial. E Lula, ao entrar nesse trio junto com Venezuela e Equador, assinou embaixo das idéias retrógradas e ultrapassadas à la Chavez. Palhaçada esquerdista.

Puxar o saco do tarado iraniano um mês antes das eleições naquele país foi um erro. E não só de timing, como alguns alegam. Assumindo relações agora ou mais tarde, será sempre péssimo para o Brasil criar qualquer tipo de vínculo com um presidente que quer explodir Israel e os homossexuais.

Pelo visto, ninguém ainda se tocou do vacilo. O Itamaraty se orgulha em dizer que não existe qualquer tipo de constrangimento ou mal-estar entre os dois países e que vão remarcar a visita.

Para Celso Amorim a aproximação faz sentido já que considera os dois países "parceiros", para Lula é uma esperança de começar a se construir uma "nova ordem mundial". Para o Irã, a América Latina é só um meio para se salvar do isolamento. "O cara" deveria é mandar esse cara pra casa de uma vez.

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