Não acompanhei tantas Copas assim. Assisto todas desde 1994, quando o Brasil conquistou o tetracampeonato. Portanto, ao todo foram quatro. Poucas, admito.
Porém, uma coisa me parece clara. A Copa do Mundo de 2010 é forte candidata a pior de todos os tempos. De repente as coisas mudem e esse seja apenas o pior início de todos os tempos. Mas acho difícil.
É engraçado. Se pararmos pra pensar, a evolução do futebol acabou com o próprio futebol. O jornalista da revista Época, Guilherme Fiuza, afirmou com perfeição o que ocorre hoje nos gramados: "Os jogadores têm apenas tempo de reflexo e não mais de reflexão". É exatamente isso. Não há mais espaço para criatividade e ousadia. Apenas para um feijão com arroz sonolento.
Foi o que aconteceu na estreia do Brasil, ontem contra a Coreia do Norte. Vitória suada e sem graça. Deu sono.
Portanto me vejo obrigado a aderir à teoria de Sócrates (o ex-jogador, não o filósofo). O ideal, nesse momento, era tirar dois jogadores de cada equipe. Com nove em cada time, os espaços ficariam maiores e aí sim nós pararíamos para ver uma Copa do Mundo. E sem sono.
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