Começou com o pé direito. Ou quase. Foi do pé esquerdo de TSHABALALA que nasceu o primeiro gol da Copa do Mundo da África do Sul. Os Bafana Bafana foram os primeiros a sorrir. Nada mais justo, nada mais emocionante. Pena que o gol não deu a vitória para a seleção da casa, no fim, 1 a 1 contra o México. Foi apenas a primeira decepção, outras estavam por vir.
Desejar que a África do Sul vencesse também nos gramados talvez fosse querer demais. Afinal, fora das quatro linhas, aquele país já era vencedor. Provou que sim, era possível que o maior evento futebolístico do mundo fosse realizado ali, em um lugar onde a cor negra predomina, a pobreza está presente em todos os cantos e a violência ainda é um problema a ser combatido. O que pouca gente devia saber é que Joanesburgo também é a capital da alegria. Porto Elizabeth esbanja sorrisos. Durban, Cidade do Cabo, Pretória, Bloemfontein, Rustemburgo também são lugares onde felicidade não se pode medir em dinheiro.
No fim, a seleção anfitriã se despediu da Copa na primeira fase. Foram uma vitória, uma derrota e um empate. Disse adeus com um sorriso, como não poderia deixar de ser.
Um outro país de povo sofrido e alegria no rosto se despediu precocemente da Copa do Mundo. Assim como aconteceu em 2006, o Brasil disse adeus nas quartas de final, ao perder para a Holanda. Voltou para casa como se nem ao menos tivesse ido.
Foi mesmo a Copa das decepções. Kaká, nosso grande ídolo, não entrou em campo. Assim como Rooney, Cristiano Ronaldo, Messi... Ou como toda a seleção da Itália e da França. A última preferiu chamar a atenção do mundo pelos escândalos internos e não pelo futebol. Só poderia dar nisso, uma Copa que começou para os franceses graças a um gol roubado nas eliminatórias. No futebol justiça também existe.
Acho que o ápice da Copa foi mesmo a final, realizada entre duas seleções que nunca haviam vencido um mundial de futebol: Holanda e Espanha. Melhor ainda que a taça tenha sido garantida no final da prorrogação, em um dos momentos mais emocionantes da história do esporte. E perfeito que tenha ficado com a Espanha, seleção que joga o futebol mais leve e empolgante do momento. Merecido, portanto.
A Copa da África do Sul também teve um papel de fundamental importância para a história humana. Mostrou ao mundo o que existe do lado de lá, escancarou o desconhecido. E ele com certeza é mais bonito do que imaginávamos. Ainda mais ao som das vuvuzelas.
Agora, esperemos por 2014. E torcemos por um Brasil melhor, no futebol e na vida. E adeus, África do Sul. Ou melhor. Até breve!
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário