É hoje. Às 21h50 Inter e Chivas Guadalajara começam a decidir quem levantará a taça de campeão da América, em um Beira-Rio lotado pelos torcedores e tomado pela emoção. Para os colorados as últimas notícias foram positivas, afinal quem era dúvida, não é mais.
Na entrevista coletiva concedida ontem, o técnico Celso Roth, além de anunciar que Sandro, Tinga, Guiñazu e Alecsandro devem entrar em campo normalmente, chamou a atenção por uma passagem que nada tem a ver com futebol. Ou quase nada.
Mencionou que a carreira dele poderia ser comparada à da atriz Meryl Streep, que apesar de sempre ter feito bons trabalhos, nunca havia recebido um Oscar sequer. Embora Roth tenha se confundido nas informações (Meryl Streep ganhou dois Oscars), achei a comparação engraçada.
Celso Roth é incontestavelmente um bom técnico, fez bons trabalhos por onde passou e organizou o Inter do polêmico Jorge Fossati. Mas realmente falta alguma coisa na sua carreira. Falta um grande prêmio, um grande título. Ou... um Oscar.
No caso do futebol, diferente do cinema, um jogador ou técnico sobrevive de títulos. Afinal o que representa uma série de bons trabalhos e nenhuma conquista? Para o torcedor, isso representa pouquíssimo. A desconfiança é enorme quando um técnico é marcado por sempre ficar no "quase". E, Celso Roth, todos nós sabemos, é o rei do "quase".
Hoje, porém, isso pode mudar. Abel Braga, por exemplo, quando conquistou a América com o Internacional, ainda não tinha nenhum título relevante na bagagem. Celso Roth espera hoje mudar o rumo da história e entrar, de uma vez por todas, no rol dos grandes técnicos que carregam grandes títulos. Espera conquistar seu Oscar.
Os torcedores colorados, atores coadjuvantes dessa trama, estão com ele.
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário