Ele a ama. Mas não sabe dizer por quê.
Apenas sabe que a ama.
Pode ser pelo sorriso dela, que hipnotiza e cura a dor. Ou pela risada aberta que lhe contorce o corpo todo quando está deitada.
Ainda não sabe.
Pode ser pelo jeito que ela repousa a cabeça em seu peito, fazendo dele protetor. Ou quando lhe acaricia as costas explorando seus defeitos.
Ainda não sabe.
Por não saber, se pergunta se realmente a ama. Ou se a irracionalidade é vestígio de amor banal. Ou se é sinal de que o amor é fraco. Mas não, talvez seja exatamente o oposto disso.
O amor é inexplicável. Buscar nele razão é como tentar reter a água nas mãos. É como tapar o sol com a peneira. O amor é isto: clichês espalhados pelo texto. É não encontrar a definição, é perder a palavra, é não conseguir expressar. É se calar de tanto que tem a dizer. O amor, quase sempre, é o único exagero contido.
Se parar pra pensar, ele tem todas as razões para amá-la. Afinal, trata-se de uma mulher linda, inteligente, culta, divertida. Mas nada disso parece saciar a dúvida. Nada está a altura. Ele até conhece outras mulheres bonitas, divertidas, inteligentes e cultas. Mas nenhuma como aquela. Então por qual motivo há de ser ela?
Deve a paixão dela por animais. Por macacos pra ser exato. Ou a forma como dança fazendo graça, sem fazer ideia da própria beleza. Ou como se aproxima devagar para receber o beijo. Ou de repente é pelo jeito como ela se diverte fotografando os dois. Nem que seja em pensamento. Quem sabe é por ela sempre chegar lamentando não poder ficar. Sofrendo pela saudade antecipada.
Ou, por fim, deve ser por tudo isso e por aquilo que ele ainda desconhece. Afinal, ela ainda é para ele universo inexplorado. Será necessária uma vida inteira para habitá-la. Para ocupar sua geografia. Para se perder.
Decidiu rasgar o mapa. Desligar o GPS. Desviar o pensamento.
Saiu errando o caminho para se encontrar.
No amor, fazer sentir é a única coisa que faz sentido.
Apenas sabe que a ama.
Pode ser pelo sorriso dela, que hipnotiza e cura a dor. Ou pela risada aberta que lhe contorce o corpo todo quando está deitada.
Ainda não sabe.
Pode ser pelo jeito que ela repousa a cabeça em seu peito, fazendo dele protetor. Ou quando lhe acaricia as costas explorando seus defeitos.
Ainda não sabe.
Por não saber, se pergunta se realmente a ama. Ou se a irracionalidade é vestígio de amor banal. Ou se é sinal de que o amor é fraco. Mas não, talvez seja exatamente o oposto disso.
O amor é inexplicável. Buscar nele razão é como tentar reter a água nas mãos. É como tapar o sol com a peneira. O amor é isto: clichês espalhados pelo texto. É não encontrar a definição, é perder a palavra, é não conseguir expressar. É se calar de tanto que tem a dizer. O amor, quase sempre, é o único exagero contido.
Se parar pra pensar, ele tem todas as razões para amá-la. Afinal, trata-se de uma mulher linda, inteligente, culta, divertida. Mas nada disso parece saciar a dúvida. Nada está a altura. Ele até conhece outras mulheres bonitas, divertidas, inteligentes e cultas. Mas nenhuma como aquela. Então por qual motivo há de ser ela?
Deve a paixão dela por animais. Por macacos pra ser exato. Ou a forma como dança fazendo graça, sem fazer ideia da própria beleza. Ou como se aproxima devagar para receber o beijo. Ou de repente é pelo jeito como ela se diverte fotografando os dois. Nem que seja em pensamento. Quem sabe é por ela sempre chegar lamentando não poder ficar. Sofrendo pela saudade antecipada.
Ou, por fim, deve ser por tudo isso e por aquilo que ele ainda desconhece. Afinal, ela ainda é para ele universo inexplorado. Será necessária uma vida inteira para habitá-la. Para ocupar sua geografia. Para se perder.
Decidiu rasgar o mapa. Desligar o GPS. Desviar o pensamento.
Saiu errando o caminho para se encontrar.
No amor, fazer sentir é a única coisa que faz sentido.
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário